sábado, 31 de janeiro de 2009

O LIVRO É...



Depois de beber alguns goles de vinho tinto e suave.
Depois de todos já estarem dormindo.
Depois de ter lido sobre Deus.
Depois de ter lido sobre prazeres mundanos.
Depois de já passar da meia noite.
Resolvo, enfim, escrever algumas palavras sem nenhum significado aparente.

Depois de tudo isso e mais um pouco, deixo-lhes uma breve reflexão na tentativa de acrescentar algo de significativo neste texto insignificante:

A minha “sorte de hoje”, que na verdade foi de ontem, ou melhor, de anteontem, dizia assim: “O livro é uma casa de ouro”. Pensando a respeito, devo concordar com esta afirmação, pois o que podemos construir dentro de nós através dos livros é algo imensurável, tanto no valor, quanto na quantidade. É claro que há livros dos mais diversos tipos e para os mais variados gostos, no entanto, se soubermos escolhê-los com calma e sabedoria, com certeza, construiremos uma linda casa de ouro.

E antes que a luz se apague e meus olhos se fechem, ainda preciso acrescentar que, para mim, o livro também é uma casa de sonhos. Há lugar melhor para sonharmos? Há lugar melhor para nos desligarmos do mundo externo (muitas vezes tão frio, triste, injusto...) e viajarmos por mundos fantásticos?

Deveríamos ler mais, sonhar mais e construir não uma casa, mas um castelo de ouro em nossa vida.
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Dany Ziroldo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

TROFÉU DO AMIGO



Oi amigos,


Recebi este simpático selinho da querida amiga Chica do blog Sementes Diárias. Muito fofo, não?

Chica, confesso que fiquei surpresa quando recebi seu e-mail avisando sobre o selo, pois, realmente, não esperava. Foi uma surpresa maravilhosa!

Muito obrigada, de coração.

Para aqueles que ainda não conhecem o Selo, aqui vai uma breve descrição:

Esse é o Troféu do Amigo!!

Esses blogs são extremamente charmosos.
Esses blogueiros têm o objetivo de se achar e serem amigos.
Eles não estão interessados em se auto promover.
Nossa esperança é que quando os laços desse troféu são cortados ainda mais amizades sejam propagadas.
Entregue esse troféu para oito blogueiros(as) que devem escolher oito outros blogueiros(as) e incluir esse texto junto com seu troféu!!


Bem, como vocês puderam ver no texto acima, devo repassar este selo para outros oito blogs e aqui vai minha listinha, em ordem alfabética:


Alexandre Castro Alves (http://alexandresnews.blogspot.com/)
Du Domeneghetti (http://textosepoesiaspalavrastantas.blogspot.com/)
Gabriela Domiciano (http://gabrieladomiciano.blogspot.com/)
Hercília Fernandes (http://fernandeshercilia.blogspot.com/)
Liza Leal (http://lizzaleal.blogspot.com/)
Malu Paixão (http://bau-da-vovo.blogspot.com/)
Milla Borges (http://millaborges.blogspot.com/)
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Um grande beijo nos corações de todos vocês!!!
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Dany Z.
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Ps.: Apesar de estar postando este selo como se fosse o primeiro que recebi, preciso dizer que já recebi, primeiro da amiga Hercília e depois da Liza, o Selo Prêmio Dardos, mas ainda não tive como postar aqui, gostaria de pedir as mais sinceras desculpas e assim que puder, postarei o selo no blog.

sábado, 17 de janeiro de 2009

SENTAR E ESCREVER


Tem dias que sentar e escrever são tarefas fáceis, quase uma necessidade fisiológica, da qual dependo para sobreviver. Tem dias que sentar e escrever são tarefas extremamente penosas. Nestes dias, apenas sento. Como sento e não escrevo, decido deitar um pouco. Ao deitar-me, naturalmente, adormeço.

Quando acordo, minutos ou horas depois, volto a sentar. Novamente, sento e não escrevo e as horas correm. Na tela, permanece vivo somente o título provisório que usei para não esquecer sobre o que preciso escrever.

De repente, as horas ganham asas e voam. Eu me levanto, ando pela casa e sento-me. Então, olho pela janela e vejo as horas voando por entre as nuvens e rindo-se.

Será que já é tarde? Impossível precisar, já que na parede da cozinha ficou preso por um prego enferrujado pelo tempo, simplesmente um relógio vazio.

Agora chove e necessito fechar a janela para me proteger das gotas de chuva que insistem em se atirarem por entre as grades, estas mesmas que me negaram passagem para voar atrás das horas, capturá-las e congelar seus movimentos precisos e ininterruptos enquanto eu estiver aqui sentada, apenas sentada...

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Dany Ziroldo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

INDIFERENÇA



Poderia fingir ser triste ou, quem sabe, alegre em demasia, no entanto, temo ser apenas indiferente...

Já faz tempo que meu peito não acelera, por paixão, espanto ou euforia. Nem as lágrimas os meus olhos umedecem, seja por tristeza ou alegria.

Invento tempos, espaços e pessoas, tanto, que hoje já tenho dúvidas sobre minha sanidade, sobre esta ou aquela verdade. Será que estou ficando louca, assim tão rápido, assim tão moça?

Penso, penso, penso... Mas nunca me resolvo. Deixo que o tempo me envolva e desfaça os sentidos de todos os sonhos, revoltas, tristezas e alegrias. Deixo que o tempo me envolva e me entrego à indiferença, esta que de tão cruel permite-me possuir somente o vazio.

Por hoje, não desejo nada. Não desejo ter, estar e muito menos ser.

Por hoje, contento-me com o vazio, o silêncio e esta minha indiferença.
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Dany Ziroldo

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

SABORES DA INFÂNCIA



Comida é um tema recorrente entre nós, as meninas da secretaria, e talvez esta seja a explicação para os nossos quilinhos a mais. Entre as conversas trocam-se receitas, dicas culinárias, preferências e desejos.

Naquela tarde, resolvemos falar um pouco do passado, dos tempos de infância, mas é claro, a comida estava no meio. Começaram a relembrar o que gostavam de comer quando crianças, coisas que hoje não existem mais: aquele pão caseiro recém tirado do forno, o bolo delicioso, o cheirinho de pão de queijo, o refrigerante que bebiam apenas nas datas especiais e de como tudo parecia ser tão mais gostoso.

Fiquei espiando de longe, por ainda ter um pé dentro da infância não imaginei que a conversa se estenderia a mim. Um tanto incrédulas que eu já pudesse ter alguma memória de sabores da infância, me questionaram sobre o que lembrava que comia quando criança e hoje não existe mais.

Tive que pensar um pouco, não muito, o suficiente para lembrar-me de duas coisas: o sonho da Sonia e a pamonha do homem do fusca verde.

Não tenho nenhuma lembrança da Sonia, do seu rosto, voz ou maneira de se vestir, lembro-me apenas do seu carro que passava na rua de casa de vez em quando e por eu adorar sonhos (os cobertos de açúcar e também aqueles que não podemos tocar), meus pais, vez ou outra, os compravam. Se minha memória não estiver me traindo, recordo-me que os sonhos ficavam no porta-malas do carro e eram colocados naqueles sacos de papel marrom.

A pamonha do homem do fusca verde é outra forte lembrança da minha infância. Para mim eram compradas sempre as pamonhas doces, na minha opinião, as melhores. Quer dizer, sou um pouco suspeita, quase tudo o que possui açúcar me agrada e muito. Também não tenho lembranças do homem e sua mulher, ficaram na minha cabeça somente as imagens das pamonhas e do fusca verde.

Hoje, infelizmente, não passam mais por aqui nem a Sonia, nem o fusca verde. Se, por acaso, sinto vontade de comer sonho tenho que passar na padaria do mercado e as pamonhas, às vezes, as encontro na feira. O problema é que nunca mais encontrei sonhos tão gostosos como aqueles, os sonhos da Sonia e na feira, sempre chego atrasada para as pamonhas, geralmente, elas já acabaram quando apareço por lá...

Sabem, durante toda esta conversa a respeito de comidas e lembranças, apenas sobre uma coisa não chegamos a um consenso: será que não fazem mais pães, bolos, sonhos ou pamonhas como antigamente ou foi nosso paladar que se tornou mais exigente com o passar dos anos?

Difícil dizer...

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Dany Ziroldo